Beginners' Guide/Installation (Português)
Contents
-
1 Instalação
- 1.1 Alterar a linguagem
- 1.2 Estabelecendo conexão com a internet
- 1.3 Preparando os Discos
- 1.4 Montando as Partições
- 1.5 Selecionando um repositório
- 1.6 Instalando o sistema Base
- 1.7 Crie um FSTAB
- 1.8 Chroot e configuração do sistema base
- 1.9 Configure a rede
- 1.10 Configurar o pacman
- 1.11 Criar um ambiente ramdisk inicial
- 1.12 Definir a senha de root e adicionar um usuário regular
- 1.13 Instalar e configurar o gerenciador de boot
- 1.14 Atualizar o sistema
- 1.15 Desmontar as partições e reiniciar
Instalação
A partir deste momento, você está automaticamente logado em uma shell como usuário root.
Alterar a linguagem
Por padrão, a linguagem do teclado é a us
. Para utilizadores do Brasil:
# loadkeys br-abnt2
Para utilizadores de outras comunidades lusófonas:
# loadkeys pt-latin9
A fonte de letra do console também pode ser alterada, pois a maioria das linguagens utiliza o padrão de 26 letras. Nesses casos, alguns caracteres podem aparecer na tela como quadrados brancos ou outros símbolos. Note que o comando abaixo é case-sensitive, portanto, digite exatamente da forma como está escrito:
# setfont Lat2-Terminus16
Por padrão, a linguagem da instalação é o Inglês(US). Para alterar a linguagem durante o processo de instalação, basta remover o #
na localização desejada no arquivo /etc/locale.gen
, junto com a entrada em inglês. Priorize a escolha da entrada UTF-8
.
Pressione Ctrl+X
para sair, e quando perguntado para salvar as alterações, pressione Y
seguido de Enter
para sobrescrever o arquivo.
# nano /etc/locale.gen
en_US.UTF-8 UTF-8 pt_BR.UTF-8 UTF-8
# locale-gen # export LANG=pt_BR.UTF-8
ou, para configurar em Português de Portugal:
# nano /etc/locale.gen
en_US.UTF-8 UTF-8 pt_PT.UTF-8 UTF-8
# locale-gen # export pt_PT.UTF-8 UTF-8
Lembre-se, Alt Esquerdo + Shift Esquerdo
ativa e desativa um mapa de teclado.
Estabelecendo conexão com a internet
O serviço dhcpcd
inicia automaticamente em tempo de inicialização, e tentará iniciar uma conexão cabeada se disponível. Tente pingar um site para verificar a disponibilidade.
# ping -c 3 www.google.com
PING www.l.google.com (74.125.132.105) 56(84) bytes of data. 64 bytes from wb-in-f105.1e100.net (74.125.132.105): icmp_req=1 ttl=50 time=17.0 ms 64 bytes from wb-in-f105.1e100.net (74.125.132.105): icmp_req=2 ttl=50 time=18.2 ms 64 bytes from wb-in-f105.1e100.net (74.125.132.105): icmp_req=3 ttl=50 time=16.6 ms --- www.l.google.com ping statistics --- 3 packets transmitted, 3 received, 0% packet loss, time 2003ms rtt min/avg/max/mdev = 16.660/17.320/18.254/0.678 ms
Caso você receba o erro ping: unknown host
, você deverá configurar a rede manualmente, como descrito abaixo.
Caso contrário, vá para o tópico Preparando os Discos.
Rede Cabeada
Siga o seguinte procedimento para configurar sua conexão cabeada com um endereço IP estático.
Caso o seu computador esteja conectado a uma rede Ethernet você possuirá uma interface chamada enpXsX
(onde "X" corresponde a um número).
Você precisa conhecer as seguintes informações (que você pode conseguir com seu administrador de redes):
- Endereço IP estático.
- Máscara de rede.
- Endereço do Gateway
- Endereço do DNS
- Nome do domínio(a menos que esteja em uma LAN local, onde pode ignorar tal informação).
Para ativar uma interface de rede como a enp5s0
, por exemplo:
# ip link set enp5s0 up
Adicione um endereço:
# ip addr add <endereco-ip>/<mascara-de-subrede> dev <interface>
Exemplo:
# ip addr add 192.168.1.2/24 dev enp5s0
Para maiores opções, execute man ip
.
Adicione o seu gateway da seguinte forma, substituindo o endereço IP pelo do seu gateway em questão:
# ip route add default via <endereco-ip>
Exemplo:
# ip route add default via 192.168.1.1
Edite o arquivo resolv.conf
, substituindo no parametro "nameserver" os endereços IP dos DNS's disponíveis, e o valor do seu domínio no parâmetro "search".
# nano /etc/resolv.conf
nameserver 61.23.173.5 nameserver 61.95.849.8 search example.com
A partir daqui, você deve ter acesso a rede cabeada. Caso contrário, dê uma verificada na página Configuring Network (Português).
Wireless
Siga este procedimento caso você precise de conectividade (Wi-Fi) durante o processo de instalação.
Os drivers e utilitários para conexão sem fio agora estão disponíveis na mídia de instalação. Um bom conhecimento do seu hardware sem fio será de suma importância para obter sucesso na configuração. Note que seguindo o procedimento deste passo-a-passo habilitará seu hardware durante a utilização do sistema live ou executando em determinado processo da instalação. Estes passos precisam ser repetidos após um reboot no sistema.
Note também que estes passos são opcionais, pois se a conexão sem fio é desnecessária ao processo de instalação, estas configurações podem ser executadas em um período posterior.
O procedimento básico será:
- (opcional) Identificar a sua interface wireless:
# lspci | grep -i net
Ou, se utilizando uma placa externa (usb):
# lsusb
- Certifique-se de que o udev carregou o driver apropriado, e que uma interface utilizável foi criada, através do comando
iwconfig
:
# iwconfig
lo no wireless extensions. enp5s0 no wireless extensions. wlp9s0 unassociated ESSID:"" Mode:Managed Channel=0 Access Point: Not-Associated Bit Rate:0 kb/s Tx-Power=20 dBm Sensitivity=8/0 Retry limit:7 RTS thr:off Fragment thr:off Power Management:off Link Quality:0 Signal level:0 Noise level:0 Rx invalid nwid:0 Rx invalid crypt:0 Rx invalid frag:0 Tx excessive retries:0 Invalid misc:0 Missed beacon:0
Neste exemplo, wlp9s0
é a interface disponível.
- Para levantar a interface:
# ip link set wlp9s0 up
Uma pequena porcentagem dos dispositivos sem fio também necessitam de um firmware para o driver correspondente. Caso sua interface precise de um, o "erro comum" que pode acontecer ao levantar a interface é o seguinte:
# ip link set wlp9s0 up
SIOCSIFFLAGS: No such file or directory
Caso tenha dúvidas, utilize o dmesg
para buscar por informações no log de kernel e encontrar qual o possível firmware a ser utilizado.
Exemplo de saída de um dispositivo da Intel, requisitando o firmware durante o boot:
# dmesg | grep firmware
firmware: requesting iwlwifi-5000-1.ucode
Caso não haja saída, pode ser concluído que nenhuma firmware é necessária para a sua placa.
Após, utilize o utilitário wifi-menu para conectar a rede:
# wifi-menu wlp9s0
A partir de agora, você já deve ter uma conexão de internet funcionando. Caso contrário, verifique a página Wireless network configuration.
Proxy
Para que seja possível instalar e atualizar o Arch Linux através de um servidor proxy autenticado é preciso alterar a maneira como o pacman baixa os pacotes, de modo que ele utilize o wget para isso.
Configurando o pacman
Edite o arquivo /etc/pacman.conf
e apague o símbolo #
da linha "XferCommand = /usr/bin/wget":
# nano /etc/pacman.conf
XferCommand = /usr/bin/wget --passive-ftp -c -O %o %u
Configurando o wget
Agora será preciso editar o arquivo /etc/wgetrc
com as informações do seu proxy, apagando o símbolo #
do início das linhas e alterando com a sua configuração de proxy:
# nano /etc/wgetrc
https_proxy = http://usuario:senha@ipdoproxy:portadoproxy/ http_proxy = http://usuario:senha@ipdoproxy:portadoproxy/ ftp_proxy = http://usuario:senha@ipdoproxy:portadoproxy/
Mais informações sobre configuração de proxy podem ser encontradas em: Proxy settings.
Preparando os Discos
Para completos iniciantes, encorajamos ferramentas gráficas de particionamento. O GParted é um bom exemplo de uma distribuição Linux live, assim como Parted Magic, etc. Um dispositivo deve ser primeiramente particionado e então as partições serão formatadas com um sistema de arquivos antes de reiniciar.
Caso já tenha executado este passo, prossiga para Montando as partições. Caso contrário, siga o exemplo:
Exemplo
A mídia de instalação do Arch Linux provê as seguinter ferramentas de particionamento:
- parted – Suporta ambas.
Este exemplo utiliza o cfdisk, mas ele pode ser facilmente adaptado para o gdisk, que permite o particionamento em tabelas do tipo GPT.
Notas sobre o boot UEFI:
- Se você possui uma placa-mãe com suporte a UEFI, você precisará criar uma partição UEFI extra.
- É recomendado sempre usar GPT para boot UEFI, pois algumas firmwares UEFI não permitem inicialização EFI-MBR.
Notas sobre o particionamento GPT:
- Se você não está configurando dual boot com o Windows, utilize GPT ao invés de MBR. Leia a lista de vantagens da GPT.
- Se você possui uma placa mãe com BIOS(ou planeja iniciar em modo de compatibilidade BIOS) e deseja configurar o GRUP em um driver particionado via GPT, você precisará criar uma Partiçaõ de boot BIOS de 2 MiB. O Syslinux não precisa de uma.
# cfdisk /dev/sda
Este exemplo mostrará um sistema que terá 15 GB de partição raíz (/
), 1GB de partição swap
, e o espaço remanescente será destinado ao /home
.
Vale enfatizar que particionamento de disco trata-se de gosto pessoal, e que este exemplo existe para propósitos ilustrativos. Veja Partitioning.
Raíz:
- Escolha Nova (ou pressione
N
) -Enter
para Primaria - digite "15360" -Enter
para "No início" -Enter
para Bootável.
Swap:
- Pressione seta para baixo para mover a seleção para o "espaço livre" no disco rígido.
- Escolha Nova (ou pressione
N
) -Enter
para Primaria - digite "1024" –Enter
para "No início". - Escolha o tipo (ou pressione
T
) – pressione qualquer tecla para rolar a lista para baixo -Enter
para 82.
Home:
- Pressione seta para baixo para mover a seleção para o "espaço livre" no disco rígido.
- Escolha Nova (ou pressione
N
) –Enter
para Primaria -Enter
para usar o restante do espaço em disco.
O resultado do particionamento ficara parecido com este:
Name Flags Part Type FS Type [Label] Size (MB) ----------------------------------------------------------------------- sda1 Boot Primary Linux 15360 sda2 Primary Linux swap / Solaris 1024 sda3 Primary Linux 133000*
Verifique novamente, e se certifique que você está contente com os tamanhos das partições assim como o layout delas antes de continuar.
Se quiser reiniciar o processo, você pode simplesmente selecionar "Sair" (ou pressionar Q
) para sair do particionador sem salvar quaisquer alterações feitas no disco. Depois, basta executar o cfdisk novamente.
Se tiver satisfeito, selecione Gravar (ou pressione Shift+W
) para finalizar a gravação da tabela de partições para o disco. Digite "Sim"(yes) e selecione Sair (ou pressionar Q
) para sair do cfdisk.
Particionar não é o bastante; As partições precisam de um File systems. Para formatar as partições com um sistema de arquivos ext4:
# mkfs.ext4 /dev/sda1 # mkfs.ext4 /dev/sda3
E para formatar e ativar a partição de swap:
# mkswap /dev/sda2 # swapon /dev/sda2
Montando as Partições
Cada partição é identificada por um sufixo numeral. Por exemplo, sda1
especifica a primeira partição do primeiro driver, enquanto sda
designa o disco por completo.
Para ver o layout de particionamento atual:
# lsblk /dev/sda
Preste atenção na ordem de montagem, pois ela é importante.
Primeiro, monte a partição raíz em /mnt
. Seguindo o exemplo abaixo (em seu sistema, pode ser diferente) seria algo como:
# mount /dev/sda1 /mnt
Monte então a partição destinada ao /home
e outras separadas para o /boot
, /var
, etc, caso desejar:
# mkdir /mnt/home # mount /dev/sda3 /mnt/home
No caso da partição /boot
ser separada:
# mkdir /mnt/boot # mount /dev/sdaX /mnt/boot
Se a sua placa-mãe possuir suporte a UEFI, monte a partição da seguinte maneira:
# mkdir /mnt/boot/efi # mount /dev/sdaX /mnt/boot/efi
Selecionando um repositório
Antes de instalar, você pode desejar configurar seu arquivo mirrorlist
para apontar pra um repositório de seu interesse. Uma cópia deste arquivo será instalado no seu sistema através do pacstrap
# nano /etc/pacman.d/mirrorlist
## ## Arch Linux repository mirrorlist ## Sorted by mirror score from mirror status page ## Generated on 2012-MM-DD ## Server = http://mirror.example.xyz/archlinux/$repo/os/$arch ...
-
Alt+6
para copiar a linhaServer
. -
PageUp
para subir no arquivo. -
Ctrl+U
para colar a linha copiada no topo do arquivo. -
Ctrl+X
para sair, e quando lhe for perguntado se deseja salvar as alterações, pressioneY
eEnter
para sobrescrever o arquivo
Se desejar, você pode configurar para que este seja o único repositório disponível, excluindo todo o resto (usando Ctrl+K
), porém, é uma boa ideia ter mais de um repositório disponível, caso um deles esteja offline.
Instalando o sistema Base
O sistema base é instalado usando o script pacstrap.
# pacstrap /mnt base base-devel
- base: Softwares que fazem parte do repositório [core], fazendo parte do ambiente mínimo necessário.
- base-devel: Ferramentas extras fora do [core] como
make
eautomake
. A maioria dos iniciantes irá instalar este grupo, que será necessário para aumentar o sistema no futuro. O base-devel é um grupo necessário para a instalação de pacotes vindos do Arch User Repository.
Isto lhe dará um ambiente Arch básico. Outros pacotes podem ser instalados mais tarde através do pacman.
Crie um FSTAB
Crie um arquivo fstab com o comando genfstab
utilizando as opções -U
, para UUIDs, e -L
para labels (se preferir). É interessante verificar esta informação antes de continuar:
# genfstab -p /mnt >> /mnt/etc/fstab # nano /mnt/etc/fstab
Apenas a partição raíz (/
) precisa de 1
no último campo. O restante, deve ter 2
ou 0
(veja definições do fstab).
Adicionalmente, data=ordered
deve ser removido. Esta opção é usada automaticamente você definindo-a ou não, então, pode ser removida para manter a "clareza" do arquivo fstab.
Chroot e configuração do sistema base
Depois, faremos um chroot ao nosso novo sistema recém instalado:
# arch-chroot /mnt
Neste estágio da instalação, você configurará arquivos primários na base do seu Arch Linux. Estes podem ser criados caso existam ou não, ou editados caso deseje mudar a configuração padrão.
Entender todos os passos descritos é de suma importancia para garantir a configuração perfeita do sistema.
Localização(locale)
Localizações utilizadas pela glibc e outros programas e bibliotecas com tal capacidade para renderizar texto, mostrarão de forma correta opções regionais monetárias, de formato de data, de idiossincrasia, e outros padrões específicos de cada localidade.
Dois arquivos precisam ser editados: locale.gen
e locale.conf
.
- O arquivo
locale.gen
é limpo por padrão(todas linhas comentadas) e você precisará remover o#
das linhas desejadas. Você deverá descomentar mais linhas que apenas o Inglês (US), assim que escolher a codificaçãoUTF-8
: encoding:
# nano /etc/locale.gen
en_US.UTF-8 UTF-8 pt_BR.UTF-8 UTF-8
# locale-gen
Este comando irá rodar em cada atualização de glib, gerando novamente todas as localizações configuradas no /etc/locale.gen
.
- O arquivo
locale.conf
não existe por padrão. Configurar a variávelLANG
será o suficiente. Esta variável será utilizada como padrão por outras variáveis
# echo LANG=pt_BR.UTF-8 > /etc/locale.conf # export LANG=pt_BR.UTF-8
Para usar outras variáveis do tipo LC_*
, primeiro rode o comando locale
para verificar as opções disponíveis. Um exemplo avançado pode ser encontrado aqui.
Fontes de console e Mapa de teclado
Se você alterou o mapa do teclado no inicio do processo de instalação, recarregue tal configuração novamente pois seu ambiente mudou. Exemplo:
# loadkeys br-abnt2 # setfont Lat2-Terminus16
Para utilizadores de outras comunidades lusófonas:
# loadkeys pt-latin9 # setfont Lat2-Terminus16
Para que tais configurações persistam após um reboot, edite o arquivo vconsole.conf
:
# nano /etc/vconsole.conf
KEYMAP=br-abnt2 FONT=Lat2-Terminus16 FONT_MAP=
-
KEYMAP
– Tenha em mente que esta configuração é válida apenas para as suas TTYs, e não para gerenciadores gráficou ou seu Xorg.
-
FONT
– Fontes disponíveis estão localizadas em/usr/share/kbd/consolefonts/
. A fonte padrão é livre de falhas, porém, pode fazer com que caracteres estrangeiros apareçam como quadrados ou outros símbolos. É recomandado a fonteLat2-Terminus16
pois de acordo com o/usr/share/kbd/consolefonts/README.Lat2-Terminus16
, suporta "todos as linguagens l10".
-
FONT_MAP
– Mapa de console a ser carregado durante o boot. Leiaman setfont
. O padrão(em branco) é seguro
Veja See fontes de console e man vconsole.conf
para maiores informações.
Fuso Horário
Os fusos horário disponíveis podem ser encontrados nos diretórios /usr/share/zoneinfo/<Zona>/<SubZona>
Para visualizar uma <Zona> disponível, liste o conteúdo de /usr/share/zoneinfo/
:
# ls /usr/share/zoneinfo/
De forma similar, a informação de uma <SubZona> pode ser obtida:
# ls /usr/share/zoneinfo/Europe
Crie um link simbólico para /etc/localtime
com origem no seu fuso horário seguindo o padrão /usr/share/zoneinfo/<Zona>/<SubZona>
.
Exemplo:
# ln -s /usr/share/zoneinfo/America/Sao_Paulo /etc/localtime
Relógio do Hardware
Defina o modo do relógio de hardware de modo uniforme entre seus sistemas operacionais. Caso contrário, eles podem substituir o relógio do hardware e provocar mudanças de tempo.
Você pode gerar o arquivo /etc/adjtime
automaticamente, usando um dos seguintes comandos:
- UTC (recomendado)
-
# hwclock --systohc --utc
- localtime (desencorajante; usado por padrão no Windows)
-
# hwclock --systohc --localtime
Se você tem (ou pensando em ter) uma configuração dual boot com o Windows:
- Recomendado: Definir tanto Arch Linux e Windows para usar UTC. Um rápido registro fixo é necessário. Além disso, certifique-se de impedir o Windows de sincronizar o tempo on-line, porque o relógio de hardware será o padrão de volta para o localtime. Se você quiser tal funcionalidade (NTP sync), você deve usar ntpd em sua instalação do Arch Linux em seu lugar.
- Não recomendado: Defina o Arch Linux para o localtime e desativar todos os serviços relacionados com o tempo, como
ntpd.service
. Isso vai deixar o Windows cuidar das correções do relógio do hardware e você precisa se lembrar de inicializar o Windows, pelo menos, duas vezes por ano (na Primavera e no Outono) quando DST retrocede. Então, por favor, não pergunte no fórum por que o relógio é de uma hora atrás ou à frente, se você costuma passar dias ou semanas sem entrar no Windows.
Módulos do Kernel
Para que os módulos do kernel carregue durante a inicialização, coloque um *.conf
no arquivo /etc/modules-load.d/
, com um nome baseado no programa que vai usá-lo.
# nano /etc/modules-load.d/virtio-net.conf
# Load 'virtio-net.ko' at boot. virtio-net
Se houver mais módulos para carregar por *.conf
, os nomes dos módulos podem ser separadas por novas linhas. Um bom exemplo são as Guest Additions in VirtualBox.
Linhas vazias e começando com #
ou ;
são ignorados.
Hostname
Adicione seu hostname em /etc/hostname
:
# echo myhostname > /etc/hostname
Configure ao seu gosto (ex. arch). Este é o nome do seu computador. E adicione para /etc/hosts
, assim:
# nano /etc/hosts
127.0.0.1 myhostname localhost ::1 myhostname localhost #192.168.1.100 myhostname.domain.org myhostname #Uncomment se você usar um IP estático, remover este comentário.
Configure a rede
Você precisa configurar a rede novamente, mas desta vez para o seu ambiente recém-instalado. O procedimento e as condições prévias são muito semelhantes ao descrito no início, exceto que vamos torná-lo persistente e executar automaticamente na inicialização.
Rede Cabeada
- IP Dinâmico
Se você só usa uma única conexão de rede fixa cabeada, você não precisa de um serviço de gerenciamento de rede e pode simplesmente habilitar o serviço dhcpcd
:
# systemctl enable dhcpcd@.service
Alternativamente, você pode usar netcfgAUR's net-auto-wired
, que normalmente lidá com conexões dinâmicas para novas redes:
# pacman -S netcfg ifplugd # cd /etc/network.d # ln -s examples/ethernet-dhcp . # systemctl enable net-auto-wired.service
- IP Estático
Instale netcfgAUR e ifplugd, que são necessários para o net-auto-wired
:
# pacman -S netcfg ifplugd
Copie uma amostra do perfil /etc/network.d/examples
para /etc/network.d
:
# cd /etc/network.d # cp examples/ethernet-static .
Edite o perfil, conforme necessário:
# nano ethernet-static
Habilite o serviço net-auto-wired
:
# systemctl enable net-auto-wired.service
Rede sem fio (Wireless)
Você vai precisar instalar outros programas para configurar e gerenciar perfis de rede sem fio, tais como netcf.
NetworkManager e Wicd que são outras alternativas populares.
- Instale os pacotes necessários:
# pacman -S wireless_tools wpa_supplicant wpa_actiond netcf dialog
Se o seu adaptador sem fio requer um firmware (como descrito acima na seção Establish an internet connection e também here), instale o pacote que contém o seu firmware. por exemplo:
# pacman -S zd1211-firmware
- Conecte à rede com
wifi-menu
(opcionalmente verificar o nome da interface comip link
, mas geralmente éwlpXsX
) (onde "X" corresponde a um número), que irá gerar um arquivo de perfil em/etc/netctl/
nomeado após o SSID. Há também modelos disponíveis no/etc/netctl/examples/
para configuração manual.
# wifi-menu
- Habilite o serviço
netctl-auto
, que vai ligar a redes conhecidas e normalmente lidar com roaming e desconectadas:
# systemctl enable netctl-auto@<interface>.service
- Certifique-se de que a interface sem fio está correta (geralmente
wlpXsX
) (onde "X" corresponde a um número).
Configurar o pacman
Pacman é o gerenciador de pacotes do Arch Linux. Seu nome vem de package manager. É altamente recomendável estudar e aprender a usá-lo. Leia man pacman
, deem uma olhada no artigo pacman, ou veja o artigo Pacman Rosetta para uma comparação com outros gerenciadores de pacotes populares.
Para seleções de repositório e opções pacman, edite pacman.conf
:
# nano /etc/pacman.conf
A maioria das pessoas vai querer usar [core]
, [extra]
e [community]
.
Se você instalou o Arch Linux x86_64, é recomendado que você habilite o repositório [multilib]
, bem (para ser capaz de executar aplicações de 64 bits como de 32 bits):
[multilib] Include = /etc/pacman.d/mirrorlist
Veja Official repositories para mais informações, incluindo detalhes sobre a finalidade de cada repositório.
Para software indisponível através do pacman (que não esteja nos repositórios oficiais), ver Arch User Repository.
Criar um ambiente ramdisk inicial
Aqui você precisa para definir o direito hooks se a raiz é em um drive USB, se você usar o RAID, LVM, ou se /usr
está em uma partição separada.
Edite /etc/mkinitcpio.conf
como necessário e voltar a gerar a imagem initramfs com:
# mkinitcpio -p linux
Definir a senha de root e adicionar um usuário regular
Definir a senha de root com:
# passwd
Em seguida, adicione uma conta de usuário normal. Para uma forma mais interativa, você pode usar adduser
. No entanto, a seguir é a forma não-interativo. O usuário archie é apenas um exemplo.
# useradd -m -g users -s /bin/bash archie # passwd archie
Se você quiser começar de novo, use userdel
. A opção -r
irá remover o diretório home do usuário e seu conteúdo, juntamente com as configurações do usuário (as chamadas "dot" arquivos).
# userdel -r archie
Para mais informações, leia Users and groups.
Instalar e configurar o gerenciador de boot
Para Placas-mãe BIOS
Para sistemas BIOS existem três carregadores de boot(bootloaders) - Syslinux, GRUB e LILO. Escolha o bootloader de acordo com sua conveniência. Abaixo será explicado apenas o Syslinux e GRUB.
- O Syslinux é(atualmente) limitado a carregar apenas arquivos na partição de onde foi instalado. Seu arquivo de configuração é considerado de mais fácil compreensão. Um exemplo pode ser encontrado aqui.
- O GRUB é mais rico em recursos e suporta cenários mais complexos. Seu arquivo de configuração é mais parecido ao de uma linguagem de script, o que pode ser mais difícil para iniciantes gerenciarem manualmente. É recomendado a geração automática de um.
Syslinux
Instale o pacote syslinux e utilize o script syslinux-install_update
para instalar os arquivos (-i
), marcar a partição ativa atribuindo a flag (-a
), e instalar o código de boot na MBR (-m
):
# pacman -S syslinux # syslinux-install_update -iam
Configure o arquivo {{ic|syslinux.cfg} para apontar pra partição raíz correta. Este passo é vital. Se apontado para a partição errada, o Arch Linux não irá inicializar. Altere a entrada /dev/sda3
para refletir a configuração específica de sua partição raíz. (se você particionou seu disco como o explicado no exemplo, sua partição raíz é o sda1). Faça o mesmo para a entrada "fallback".
# nano /boot/syslinux/syslinux.cfg
... LABEL arch ... APPEND root=/dev/sda3 ro ...
Para maiores informações, veja Syslinux.
GRUB
# pacman -S grub # grub-install --target=i386-pc --recheck /dev/sda # cp /usr/share/locale/en\@quot/LC_MESSAGES/grub.mo /boot/grub/locale/en.mo
Mesmo não havendo problemas na utilização de um grub.cfg
gerado manualmente, é recomendado que iniciantes gerem tal arquivo automaticamente:
# grub-mkconfig -o /boot/grub/grub.cfg
Para maiores informações sobre a configuração do GRUB, veja GRUB.
Placas-mãe UEFI
Para inicialização UEFI, o dispositivo precisa estar particionado no formato GPT, e uma partição de sistema UEFI(512MiB ou maior, FAT32, tipoEF00
) precisa estar presente a montada em /boot/efi
. Se você seguiu este guia desde o início, todos estes passos foram executados.
Mesmo existindo outros UEFI bootloaders disponíveis, usar o EFISTUB é o recomendado. Abaixo há instruções para a configuração do EFISTUB com GRUB.
EFISTUB
O Kernel Linux pode atuar como seu próprio bootloader usando o EFISTUP. Este é o método de boot recomendado pelos desenvolvedores, e mais simples se comparado com o grub-efi-x86_64
. Os passos abaixo configuram o rEFInd(um fork do rEFIt) para prover um menu para kernels EFISTUB, assim como executar outros gerenciadores de inicialização UEFI. Você também pode utilizar o gummiboot(não testado) ao invés do rEFInd. Ambos detecam gerenciadores de inicialização Windows UEFI em caso de dual-boot.
1. Inicie no modo UEFI e carregue o módulo do kernel efivars
antes de efetuar o chroot:
# modprobe efivars # antes do chroot
2. Monte a partição UEFISYS em /mnt/boot/efi
, execute o chroot e copie os arquivos de kernel e initramfs para /boot/efi
.
3. Cada vez que o kernel e o initramfs forem atualizados em /boot
, precisam ser replicados para /boot/efi/EFI/arch
. Este processo pode ser automatizado utilizando o systemd ou usando o incron (para instalações sem o systemd).
4. Instale os seguintes pacotes
# pacman -S refind-efi-x86_64 efibootmgr
5. Instale o rEFInd na partição UEFISYS (resumido de UEFI Bootloaders#Using rEFInd):
# mkdir -p /boot/efi/EFI/arch/refind # cp /usr/lib/refind/refindx64.efi /boot/efi/EFI/arch/refind/refindx64.efi # cp /usr/lib/refind/config/refind.conf /boot/efi/EFI/arch/refind/refind.conf # cp -r /usr/share/refind/icons /boot/efi/EFI/arch/refind/icons
6. Crie um arquivo refind_linux.conf
com os parametros de kernel que serão utilizados pelo rEFInd:
# nano /boot/efi/EFI/arch/refind_linux.conf
"Boot to X" "root=/dev/sdaX ro rootfstype=ext4 systemd.unit=graphical.target" "Boot to console" "root=/dev/sdaX ro rootfstype=ext4 systemd.unit=multi-user.target"
7. Adicione o rEFInd ao menu de inicialização UEFI usando efibootmgr.
# efibootmgr -c -g -d /dev/sdX -p Y -w -L "Arch Linux (rEFInd)" -l '\\EFI\\arch\\refind\\refindx64.efi'
8. (Opcional) Como um fallback, no caso do efibootmgr
criar uma entrada de inicialização que não funcione, copie o refindx64.efi
para o /boot/efi/EFI/boot/bootx64.efi
como mostrado abaixo:
# cp -r /boot/efi/EFI/arch/refind/* /boot/efi/EFI/boot/ # mv /boot/efi/EFI/boot/refindx64.efi /boot/efi/EFI/boot/bootx64.efi
GRUB
# pacman -S grub-efi-x86_64 efibootmgr # grub-install --target=x86_64-efi --efi-directory=/boot/efi --bootloader-id=arch_grub --recheck # cp /usr/share/locale/en\@quot/LC_MESSAGES/grub.mo /boot/grub/locale/en.mo
Rode o próximo comando para criar a entrada do GRUB no menu da UEFI Veja efibootmgr para maiores informações.
# efibootmgr -c -g -d /dev/sdX -p Y -w -L "Arch Linux (GRUB)" -l '\\EFI\\arch_grub\\grubx64.efi'
Mesmo não havendo problemas na utilização de um grub.cfg
gerado manualmente, é recomendado que iniciantes gerem tal arquivo automaticamente:
# grub-mkconfig -o /boot/grub/grub.cfg
Para maiores informações sobre a configuração do GRUB, veja GRUB.
Atualizar o sistema
Frequentemente, os desenvolvedores disponibilizarão informações importantes para configurações e modificações pertinentes a erros conhecidos. Do usuário Arch Linux é esperado que consulte estes lugares antes de efetuar um upgrade:
- Arch news. Se você efetuou um upgrade antes de ler aqui, verifique as notícias antes de postar uma questão no fórum!
Sincronize, atualize o banco de dados de pacotes e atualize o sistema com:
# pacman -Syu
Sinônimo de:
# pacman --sync --refresh --sysupgrade
Se você for perguntado para atualizar o próprio pacman em algum momento, responda pressionando Y
, e então execute uma segunda vez um pacman -Syu
assim que terminar.
Lembre-se que o Arch é uma distribuição rolling release. Isto significa que o usuário não precisa reinstalar ou executar rebuilds elaboradas do sistema para atualizá-lo para uma nova versão. Executando um pacman -Syu
periodicamente (lembrando do aviso acima) é o suficiente para mantes o sistema inteiro atualizado "bleeding edge". No final desta atualização, o sistema estará completamente -current.
Veja Pacman e gerenciamento de pacotes para respostas sobre atualização e gerenciamento de pacotes.
Desmontar as partições e reiniciar
Saia do ambiente de chroot:
# exit
Como as partições estão montadas em /mnt
, utilize o seguinte comando para desmontá-las:
# umount /mnt/{boot,home,}
Reinicie através do seguinte comando:
# reboot